Financiamento de Startups em fase pre-seed

Um dos obstáculos para que as inovações das startups cheguem ao mercado e o negocio consiga sobreviver é a falta de recursos financeiros. O acesso a fontes de financiamento continua sendo um desafio para os empreendedores locais, contudo o financiamento externo não deve ser a primeira opção, requer cumprir com compromissos que na fase inicial do negócio o empreendedor não consegue honrar. 

A opção inicial é começar com recursos proprios ou “bootstrapping”; financiar seu projecto juntando com fundos pessoais. Apostar no modelo de negócio focado nas ventas para conseguir sustentar e autofinanciar a startup. 

A sessão contou com a participação dos mentores do FI Luanda, Eduardo Clemente, Administrador Executivo do Standard Bank Angola e Leonardo Neto, Founder e CEO da Usina de Startups, Brasil. Na qualidade de convidada especial, a participação de Juceline Paquete, Subdirectora do Gabinete de Desenvolvimento de Mercados da CMC - Comissão de Mercado de Capitais

 

Os panelistas debateram sobre as fontes de financiamento para startups na fase inicial (pre-seed) , os desafios e oportunidades na procura de recursos e capital inicial. Entre os temas , destacamos:

  • Fontes de Financiamento para Startups em fase Pre-seed / Seed e novas tendências;
    • Bootstrapping, Ventas, 
    • Emprestimo de Familia e Amigos,
    • Fundos de Investimento Público e/ou Privados
    • Financiamento Colaborativo (crowdfunding)
    • Private Equity : Investidores Anjos, PE Debt Funds
  • Quando optar por financiamento? Relação com o Ciclo de Vida da Startup;
  • Que informação interessa ao Investidor e Como apresentar?
  • Framework legal de Investimento e Financiamento para PMEs e Startups; 
  • Oportunidades e incentivos para Startups em Angola;
  • Startup Funding no Brasil na experiencia da Usina Startups.

Do lado investidor , o mercado de uma Startup e a capacidade de execusão da equipe , são dos fatores que os investidores mais levam em consideração na hora de avaliar um potencial investimento. O empreendedor deve demostrar dominio da solução, modelo de negócio, cenário competitivo, o potencial de crescimento, retorno esperado e quais os recursos e ajuda que procura para atingir os seus objetivos. 

A Dª Juceline, explicou sobre o papel da CMC como orgão regulador que pretende contribuir no desenvolvimento do mercado de valores mobiliários em Angola , como alternativa preferencial de capitalização e financiamento das empresas. O acesso ao mercado de capitais pode vir a ser uma boa alternativa para as Startups em fase de crescimento, esta prática já está acontecer em muitos países e e com bons resultados. É de todo o interesse da CMC continuar apostando na aproximação ao Ecossistema local de Startups e Inovação e junto dos parceiros fornecer o suporte necessário para capacitar aos jovens empreendedores em temas relacionados à dinâmica do mercado de valores mobiliários, processo de IPO (Initial public offering), e alternativas de investimento.

 

FI Luanda